Sobre

Associação de melhoramentos e acompanhamento das festas de São Martinho

Esta associação organiza as festas anuais desta pequena aldeia do centro do país muito perto de Vila de Rei no distrito de Castelo Branco.

A festa

A festa já é muito antiga e uma das mais tradicionais. Com rifas, andores, leilões e o tradicional bailarico. Já lá vão os tempos do “dancing” onde os homens tinham de pagar para entrar no famoso “dancing” que era fechado com a rede das “Galinhas”. Em cima de um pequeno palco de madeira coberto de ramas de eucalipto ficava o “Grupo” ou o “Conjunto” que vinha animar o baile com bateria e tudo, e com as enormes Furacão… eram colunas de vários elementos em que a caixas de graves eram tão grandes e tão potentes que quando os graves tocavam a electricidade ia abaixo, na altura era fornecida por um pobre gerador. A aparelhagem…. elemento fundamental das festas. Em geral constituída por vários megafones colocados na torre da igreja com o volume no máximo e com o som distorcido e estridente que tocava quase 24 por dia.

COMO ERA NAQUELE TEMPO

O ambiente era espectacular, uma esplanada de terra batida num local onde antes da festa havia uma plantação de couves, depois de retiradas as couves era então construída uma cobertura com uns paus e rama de eucalipto, o chão era coberto de fetos dois ou três bidões de 200 litros cortados ao meio serviam de churrasqueira para assar os frangos. Mais uma grande série de bidões alinhados por detrás daquilo que se podia chamar o balcão, eles continham as cervejas e os sumos que tinham sido colocados no meio de grandes blocos de gelo que vinham diretamente da “fábrica do Gelo”, alguns eram partidos cuidadosamente com um martelo, tudo isto era misturado com serradura para conservar mais tempo o gelo, havia sempre um bidão só com água, esse era para passar todas a garrafas para tirar a serradura. O leilão … grande clássico Durante o início da tarde e noite, os elementos que constituíam os andores eram então leiloados a favor da Capela. Leilões espectaculares com muita animação e boa disposição, com ele chamava-se o Salamanca, grande leiloeiro que também desapareceu cedo ... As Rifas… a perdição dos pequenos e graúdos Aquele prazer de desenrolar a rifa até ao fim e descobrir o número mágico que dá direito a um brinde. As senhas… o pré-pagamento Compra-se um ou vários blocos de senhas para depois trocar um uma bebida simples e eficaz e convivial “toma lá uma senha e vai buscar um sumo” diz o pai para o filho A Grade… Por vezes alguns grupos de amigos e por serem muitos compram a bebida às grades é mais fácil transportar e sempre impede de deixar a garrafas espalhadas pelo recinto. Mesmo se há sempre os mais pequenos que a troco de um sumo iam pelo recinto da festa colocar a garrafas vazias na grade levando depois a grade com a ditas garrafas para local seguro.

UMA NOVA ERA

Graças ao dancing muitos dos pares de Bailarico transformaram-se em casais. Os mais antigos com a idade e a desertificação das aldeias pelos mais jovens fez com que a organização da festa ficasse em “Águas de Bacalhau” durante alguns anos... Entretantos os Jovens casais foram felizes e do fruto desse amor surgiram alguns jovens que em conjunto com alguns “Antigos” resolveram meter mãos à obra e foi então em 2006 que surgiu a Associação de melhoramentos e acompanhamento das festas de São Martinho O espírito continua o mesmo, mas com mais “conforto” Já há frigoríficos para a bebida fresca e mesmo uma cozinha Não se faz só frango assado, mas o melhor e descobrir por si mesmo Já marcaram as férias para a próxima festa de São Martinho? Toca a reservar a viagem de avião de barco de autocarro mesmo de burro... a festa vai ser de arromba